Em todas as épocas, uma visão de mundo orienta as escolhas e dirige as atitudes de uma sociedade. As diferentes civilizações são resultado das distintas visões de mundo, distintas culturas, crenças, ideáis, etc. Ecos de um passado distante, cujos temores e ansiedades quase inconscientes foram transmitidos de geração a geração. Respostas de uma sociedade são, portanto, reflexo da forma como essas gerações se aperceberam do mundo. Nesse sentido, as religiões, segundo Fernand Braudel, "as religiões se tornaram a mais importante característica das civilizações".
Resultaram dessa reflexão duas características básicas da civilização moderna no ocidente: o cristianismo como principal componente do pensamento europeu, e uma realidade da vida ocidental; princípios éticos quanto a questões como vida e morte, o valor do trabalho, o papel das mulheres e das crianças, o fim da escravidão, embora não pareçam, são todos frutos da reflexão religiosa. A segunda característica é justamente a permanente tensão que se estabeleceu entre racionalismo e religião, algo que não aconteceu no oriente. Ainda segundo Braudel, "desde os gregos, o racionalismo tem atraído o pensamento ocidental, cada vez mais distante da vida religiosa." Na História da humanidade, há um marcante afastamento entre o pensamento religioso e o pensamento filosófico.
Talvez o grande mérito das religiões seja a sua universalidade, não baseada em nenhum tipo particularidade racial, geográfica, social ou política.
Resultaram dessa reflexão duas características básicas da civilização moderna no ocidente: o cristianismo como principal componente do pensamento europeu, e uma realidade da vida ocidental; princípios éticos quanto a questões como vida e morte, o valor do trabalho, o papel das mulheres e das crianças, o fim da escravidão, embora não pareçam, são todos frutos da reflexão religiosa. A segunda característica é justamente a permanente tensão que se estabeleceu entre racionalismo e religião, algo que não aconteceu no oriente. Ainda segundo Braudel, "desde os gregos, o racionalismo tem atraído o pensamento ocidental, cada vez mais distante da vida religiosa." Na História da humanidade, há um marcante afastamento entre o pensamento religioso e o pensamento filosófico.
Talvez o grande mérito das religiões seja a sua universalidade, não baseada em nenhum tipo particularidade racial, geográfica, social ou política.
Um comentário:
Discordo de Braudel, ainda fico com o velho Marx. É o trabalho, e sua divisão, que determina a estrutura mental de uma civilização, inclusive a religião. Será que Lutero teria o mesmo sucesso se isso não fosse interessante para a burguesia alemã, que procurava legitimar seu modo de ver o mundo e de agir, além de se livrar de Roma? O modo de vida veio antes da religião, a ética protestante se mostrou mais adequada ao espirito do capitalismo.
Nenhuma religião é universal. Elas surgem em momentos e condições próprias de cada povo, condições políticas.Maomé desenhou uma religião adequada para unificar tribos exploradas de mercadores viajantes. Cristo pretendia libertar um povo oprimido,ou pelo menos aumentar sua autoestima o que ajuda a buscar a liberdade. O hinduismo também foi um modo de perpetuar a hegemonia de uma casta. O pensamento religioso pode ser adaptado para sevir a interesses de outros, em situações diferentes.
Muitas instiuições modernas, como o casamento e o direito foram herdadas de modelos romanos pagãos, seguindo regras quase comerciais, que visavam ordenar a vida prática. O cristianismo se apropriou delas, mas a base é romana.
A escravidão acabou por questões economicas e não,por exemplo, por que Lincoln era mais religioso que os sulistas, ele apenas produzia de uma forma em que a escravidão não era a melhor forma de divisão do trabalho. O modo de produção exauriu.
Não vejo como ser racional e religioso ao mesmo tempo. A religião é uma questão de fé. A razão lida com provas e experimentação, fatos enfim. Sem o racionalismo não haveria Iluminismo e tudo mais que nos trouxe até aqui.
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